Transcript
CONTO Uma história de Inferno Movido a Vapor
DICAS DE MESTRE
FÚRIA DOS DRAGÕES
Meio-dragões, Meio-dragõe s, meio orientais
Um ensaio sobre a mitologia por trás da fera
O lado cyber da da Constelação do Sabre
QUADRINHOS O maior duelo da história de Arton
~
DRAGAO L I S A R B
BRIGADA LIGEIRA ESTELAR
ANO 13 • EDIÇÃO 124
MESTRE DA MASMORRA
TRANSFORMANDO DRAGÕES EM VILÕES
CAVERNA DO SABER
RIQUEZA E PODER NOS TESOUROS T ESOUROS DRACÔNICOS
RESENHAS STARFINDER • • DIVINITY: ORIGINAL SIN 2
CAÇANDO VAMPIROS
A saga do Clã Belmont contra o Conde Drácula
CONTO Uma história de Inferno Movido a Vapor
DICAS DE MESTRE
ADAPTAÇÃO ADAPTA ÇÃO
Meio-dragões, Meio-dragõe s, meio orientais
Castlevania para para 13º Era e e Old Dragon
BRIGADA LIGEIRA ESTELAR O lado cyber da da Constelação do Sabre
QUADRINHOS O maior duelo da história de Arton
~
DRAGAO L I S A R B
ANO 13 • EDIÇÃO 124
MESTRE DA MASMORRA
TRANSFORMANDO DRAGÕES EM VILÕES
CAVERNA DO SABER
RIQUEZA E PODER NOS TESOUROS T ESOUROS DRACÔNICOS
RESENHAS STARFINDER • • DIVINITY: ORIGINAL SIN 2
EDIÇÃO ESPECIAL!
Em comemoração ao primeiro ano da revista, edição temática
CONTO Uma história de Inferno Movido a Vapor
DICAS DE MESTRE
ADAPTAÇÃO ADAPTA ÇÃO
Meio-dragões, Meio-dragõe s, meio orientais
Castlevania para para 13º Era e e Old Dragon
BRIGADA LIGEIRA ESTELAR O lado cyber da da Constelação do Sabre
QUADRINHOS O maior duelo da história de Arton
~
DRAGAO L I S A R B
ANO 13 • EDIÇÃO 124
MESTRE DA MASMORRA
TRANSFORMANDO DRAGÕES EM VILÕES
CAVERNA DO SABER
RIQUEZA E PODER NOS TESOUROS T ESOUROS DRACÔNICOS
RESENHAS STARFINDER • • DIVINITY: ORIGINAL SIN 2
EDIÇÃO ESPECIAL!
Em comemoração ao primeiro ano da revista, edição temática
EDITORIAL
SUMÁRIO
UM ANO
Deixa eu contar um segredo para vocês: quando uma pessoa tem uma ideia arriscada que parece legal, principalmente quando surge espontaneamente, ela não sabe se vai dar certo. Depois que tudo acontece, claro, o autor bate no peito e diz confiante que desde o início sabia de tudo. Mas normalmente é mentira. E normalmente dá um medo dos diabos. Talvez Talvez soe estranho para cada um de vocês ler isso, mas trazer a Dragão Brasil de volta era um risco. Um risco bem grande. A gente tinha provas concretas de que o mundo nerd da década de 2010 tinha interesse no que nós, um bando de quase senhores, tínhamos a dizer sobre RPG em geral, mas e se fosse uma impressão errada? E se a repercussão daquela capa e daquela edição de Stranger Things fosse Things fosse só um espasmo de nostalgia? E se a gente descobrisse que no fundo não tinhamos mais dicas para dar, coisas a ensinar? E se o financiamento coletivo fracassasse? Não sei se essas dúvidas todas rondavam a cabeça dos meus amigos de conselho editorial, mas rondavam a minha. De repente eu era o Editor Executivo da revista em que tinha iniciado minha carreira, carregando nas mãos a responsabilidade de coordenar o esforço de trazê-la de volta, de corrigir um erro histórico, de transformar a derrocada passada em uma nota de rodapé imperceptível, ínfima, um acidente de percurso ocorrido quando mãos ineptas insistiram em tomar a direção. Era assustador. Mas também era desafiador. E eu não estava sozinho. Junto com cada cada um dos cada colaboradores, e cada um dos apoiadores — do primeiro conselheiro ao último guarda —, fizemos uma revista que respeita seu passado, mas está pronta para o futuro. Arriscamos outros tipos de matéria, demos espaço a mais sistemas, mais autores e, literalmente, inventamos um novo jeito de produzir uma publicação mensal. E tudo o que eu posso fazer é agradecer. agradecer. A primeira meta foi cumprida. Estamos prontos para as próximas. Este dragão ganhou mais um ano. Acho que todos sabem o que acontece com dragões que ficam mais velhos.
J.M. TREVISAN
~
DRAGAO L I S
A R B
6 Pergaminhos dos Leitores
Draco Paladino?
10 Resenhas
56 Mestre da Masmorra
Vilanize seu dragão!
Gabinete de Saladino 60 Uma história dos dragões na telona.
64 Castlevania
Starfinder e Starfinder e Divinity: Original Sin 2 .
Adaptação para 13ª Era e e Old Dragon.
Editor-Chefe Guilherme Dei Svaldi
Dicas de Mestre 14 Os meio-dragões do Império de Jade.
Editor-Executivo J.M. Trevisan Conselho Editorial Marcelo “Paladino” Cassaro, Rogerio “Katabrok” Saladino, Leonel Caldela, Gustavo “Calamis” Brauner Colaboradores Textos: Alexandre Textos: Alexandre “Lancaster” Soares, Álvaro “Jamil” Freitas, CF Veiga, Davide Di Benedetto, Eva Andrade, Felipe Della Corte, Flávia Gasi, Gabriel Gasperini, João Paulo “Moreau do Bode” Pereira, Maria do Carmo Zanini, Marlon “Armagedon” Teske, Thiago Rosa Arte: Leonel Arte: Leonel Domingos, Lobo Borges, Israel de Oliveira, Ricardo Mango, Sandro “Zambi” Zamboni Quadrinho: Ricardo Quadrinho: Ricardo Mango Fundo de tela: Claudio tela: Claudio Pozas Edição do podcast: Ramon podcast: Ramon Mineiro Mapa de batalha: Marco batalha: Marco Morte Diagramação J.M. Trevisan, Guilherme Dei Svaldi Revisão Gustavo Brauner
A Fome dos Imortais 22 Informações sobre V5 e entrevista exclusiva com a
76 Especial: Fúria dos Fúria dos Dragões Uma olhada sobre a origem origem mitológica dos bichinhos. 84 Chefe de Fase Drogon! Quem mais?
Gazeta do Reinado 30 Notícias sobre um surto de monstros em Arton.
Melancolia e escolhas difíceis nesta aventura de fantasia medieval.
www.jamboeditora www.jamboeditora.com.br .com.br
Apóie a Dragão Brasil
esta edição é dedicada à memória de douglas quinta reis
do Bardo 4UmaNotícias perda para o RPG nacional.
Siga a Jambô Editora
nova equipe da White Wolf!
32 Cyber Sabre
Que nome maroto!
Caverna do Saber 38 Tesouros de dragão não são brincadeira.
42 E Então Ela Se Foi...
Um conto no mundo de Inverno Movido a Vapor .
88 Pequenas Aventuras
90 Tesouros Ancestrais
A Princesa Guerreira para muitos sistemas! sistemas!
98 Quadrinhos
O dia em que a história do Panteão mudou para sempre. Nesta edição não tivemos a c oluna oluna Toolbox por motivos de jogadas de ataque contra contra Leonel Caldela.
A CAPA
Notícias do Bardo “Admitir derrota é blasfemar Douglas Reis contra o Quinta Imperador!” durante a entrega do prêmio HQ Mix, em 2012
O SÁBIO E OS 7 GATINHOS J á dizia um sábio alemão do começo do século XX que a substituição da experiência coletiva pela experiência individual era o fim da sabedoria. E o fim da sabedoria era a pá de cal no túmulo dos contadores de histórias.
Conheci pouquíssimos contadores de histórias nesta vida. Estou falando dessas pessoas de sorriso fácil e olhar acolhedor que nos recebem de braços abertos, nos convidam a sentar e, como
e aconselham com narrativas cativantes de sua terrinha ou de suas aventuras por este mundo velho e sem porteiras. Uma dessas pessoas raras foi singrar outros mares no dia 13 de outubro de 2017, e é só por isso que estamos aqui, nesta página, trocando experiências. Seu nome era Douglas. Douglas Quinta Reis. Só não vou abrir este parágrafo com alguma estupidez do tipo “nos últimos dezenove anos, tive o enorme privilégio de escutar suas histórias...” porque Douglas me ensinou a fazer melhor que isso. Ouvir o que esse narrador tinha
ninguém, porque ele dividia sua sabedoria com quem estivesse por perto e precisasse dela, soubéssemos disso ou não. Além de sábio, ele era generoso. Mas eu não sou o Douglas. Não tenho um tiquinho sequer da experiência e do talento dele para entretecer conselhos em anedotas, historietas e outras narrativas. E não tenho a menor pretensão de surrupiar as palavras desse homem para tentar fazer o que ele fazia com maestria. As palavras são minhas, as lembranças também, e umas e outras já estão se perdendo no tempo... Só sei dizer que, quando encontro
opções “fazer o que se gosta” ou “ganhar dinheiro”, eu me pego recontando a história de como Douglas e uns amigos apaixonados por HQ, ficção científica e fantasia decidiram arriscar tudo, largar o emprego na Unisys e fundar a própria importadora para trazer lá de fora toda essa cultura pop e “escapista” que o mercado brasileiro ignorava e a academia desprezava. Foi mais ou menos assim que, em 1987, surgiu o que hoje conhecemos como Devir Livraria. De simples importadora, a Devir não demoraria a se tornar editora e passar a publicar não só traduções, como também obras nacionais. Mas essa é uma outra história que terá de ser contada por gente como Angeli, Laerte, Fernando Gonzalez, Lourenço Mutarelli, Rogério Vilela, Roberto de Sousa Causo, Leandro Luigi del Manto e uma pá de outros nomes importantes. E, naqueles momentos em que apostar na novidade que aquece seu coração parece ser uma coisa temerária, lembrome do Douglas sentado à minha frente, do outro lado da mesa, com sua voz mansa e gestos entusiásticos, contandome como ele e os sócios descobriram que RPG existia por causa de uma página numa HQ estrangeira — ou talvez fosse um catálogo — que anunciava GURPS Wild Cards, Cards , RPG inspirado no mundo compartilhado de George R. R. Martins e amigos, lançado lá fora pela Steve Jackson Games em 1989. Douglas foi atrás de informações e, como uma coisa leva à outra, a Devir acabou fechando contrato com a SJG para publicar no Brasil, em 1991, o GURPS Módulo Básico — esse mesmo, o do cabeção rosa. Douglas cuidou de boa parte da tradução e, se hoje conhecemos e ainda usamos termos como “choque de retorno”, “abascanto” e “venefício”, é por
Desde esse primeiro lançamento, Douglas foi direta ou indiretamente responsável pela publicação de tantos títulos e linhas de RPG diferentes no Brasil que, se eu começasse a enumerá-las, ocuparia mais de uma página. Muita gente fala que a década de 1990 viu um boom de editoras e publicações de RPG por aqui, mas poucos parecem se lembrar de que essa bolha explodiu e, quando as “grandes”, como a Ediouro e a Abril, abandonaram suas linhas porque esse negócio de RPG não dava dinheiro suficiente, foi a Devir que comprou a encrenca e, na medida do possível, manteve títulos como Shadowrun e Shadowrun e AD&D nas nas prateleiras. A resposta-padrão do Douglas a qualquer proposta para publicar um RPG bacanudo era: “Vamos fazer”. Desconfio que ele não sabia dizer “não”. Era o Douglas quem costumava ir à GenCon nos EUA, para conversar com gente da Wizards of the Coast e da White Wolf, até mesmo da Alderac, numa época em que ninguém mais, aqui no Brasil, tinha condições ou interesse de pagar de 10 mil a 25 mil doletas numa licença que geraria publicações caras, para depois aguardar de dois a cinco anos no estoque até encontrar comprador. Só o Douglas fazia essas coisas, não só por acreditar na cauda longa do nicho de mercado da Devir. Como bom contador de histórias, ele sabia reconhecer o valor narrativo de um RPG. Estão aí Castelo Falkenstein e Falkenstein e Terra de Og, Og , que não me deixam mentir. Foi escutando às histórias do Douglas que eu também aprendi a importância de fazer as coisas com o coração e dar o exemplo para que as pessoas se sentissem motivadas a participar por gosto, e não por obrigação ou necessidade. Ele contava que, em 1998, quando o Encontro Internacional de RPG — a festa que ele havia ajudado
antes — já estava em sua sexta edição, o convidado Mike Pondsmith, autor de Castelo Falkenstein e Cyberpunk 2020 , confidenciara que a Devir lhe parecia mais uma ONG do que uma empresa. Por quê? Porque o EIRPG tinha sido gratuito até o ano anterior, porque o valor do ingresso em 1998 ainda era simbólico, porque nenhuma atividade dentro do evento era cobrada, e porque o EIRPG simplesmente se pagava, e olhe lá, sem gerar lucro direto. Para o Douglas, era uma festa, e ele era o anfitrião. O motivo de estarmos todos ali não era consumir desenfreadamente: era celebrar o hobby, a atividade que nos unia, e a vida. E hoje estou aqui, tentando celebrar a vida de Douglas Quinta Reis. Não há muitas palavras que consigam transmitir a experiência de ter convivido com esse contador de histórias sábio e generoso. A não ser, talvez, as palavras de uma última história. Quando perguntavam ao Douglas como era jogar RPG, ele dizia: “Era uma vez sete gatinhos dentro de uma caixa de papelão. Você é um deles e quer sair para brincar. O que você faz?” Um convite para sair da zona de conforto e desbravar o mundo, o elemento fundamental de toda aventura. O sábio tinha razão: RPG é isso. Agora me deem licença, por favor, pois preciso sair à procura de novos gatinhos.
MARIA DO CA RMO ZANIN I t radutora radutora freelancer, ex-produtora editorial da linha Mundo das Trevas na Devir Livraria e fã número 1 do Peregrino Cinzento
PERGAMINHOS DOS LEITORES 1) Regras para domínios foram vistas minhos dos Le itores! Venho p arabenizar o novo formato da revista, é ótimo poder recentemente na DRAGÃO BRASIL 118. acompanhar as novi dades do mu ndo d o Ideia interessante, e certamente possível. RPG e não ficar mais preso apenas às 2) Não, porque os construtos vivos antigas DB (que continuo caçando nos de Tamu-ra não têm nenhum “núcleo sebos da minha cidade ). Um agradeci - elemental” que pudesse ser transplantado mento especia l ao Leonel Caldel a com — nenhum trecho de sua descrição sugere sua sessã o toolbox, o foco para esc rito- isso. Os mashin têm, sim, uma rede neu res principi antes é e xcelent e, realmen te ro-elemental integrada a seu corpo. Uma tem me ajudado a largar a procrastinação vez instalada, não pode ser removida. Pelo minhas ideias no papel. Vamos menos, ainda não. Saudações anti-dracônicas, honrados ae colocar algumas perguntas : 3) Os eventos de Holy Avenger ocorre ocorreapoiadores da nova DRAGÃO BRASIL. 1) É possível utilizar regras de domínio ram no ano 1400, sendo que a época atual Vocês já sabem, esta é uma edição especial, uma ocasião especial. O para gangues urbanas que controlam um é 1410. O atual livro básico Tormenta RPG inclui uma linha de tempo com os eventos retorno triunfal da DB comemora seu bairro ou uma região da cidade? mais marcantes na história de Arton. Mas, 2) Um mashin poderia transferir seu primeiro ano, com uma edição especial sobre dragões. Portanto, quem núcleo elemental para outro corpo com para conhecer o destino de Arkam Braço Metálico, sugiro acompanhar as aventuras melhor que eu, Draco Paladino, para características diferentes? da Guilda do Macaco — a campanha 3) Eu creio que estar um tanto desaresponder os Pergaminhos? online oficial com os autores de Tormenta. Tormenta. Como? NUNCA ouviram falar de mim?! tualizado: quando os acontecimentos 4) Difícil estimar o futuro valor de ImOra, certamente que se lembram! Eu narrados em Holy Avenger aconteceram? pério de Jade, mas provavelmente será respondia suas cartas na DragonSlaye r , O que aconteceu com o rei Thormy, a prin- algo próximo do módulo básico Tormenta a sucessora espiritual da DRAGÃO! Por cesa Rhana e Arkam Braço Metálico? RPG atual. Quanto a seu lançamento, in 4) Qual vai ser o provável valor de Imacaso me confundiam com o Paladino? felizmente foi adiado e está agora previsto para seu para o primeiro semestre de 2018. Minha armadura é muito mais legal que pério de Jade? Já existe uma data para lançamento? a dele! Desde já agradeço! Vida longa e prósEu, Draco Paladino, prometo responder às suas mensagens e manter os Pergami- pera à Dragão Brasil! Amigos, gostaria de primeiramente nhos livres de dragões. Até os pequenos. Galainor, monge Especialmente os pequenos. contador de histórias parabenizar à equipe Tormenta/Jambô pela volta da DRAGÃO BRASIL, com a Ahá! Um nobre colega de ofício! mesma qualidade de sempre e muito mais Caçando dragões nos sebos da cidade! interação com os leit ores. Mestro RPG há Saudações, Paladino, Paladina e Excelente! Não sei bem que tipo de covil mais de vinte anos, sou um grande fã do quem mais possa estar encarregado da é um “sebo”, mas faço votos que sua cenário, desde que nem era um cenário! sagrada missão de r esponder os Perg a- caçada seja bem-sucedida! Mas vamos às perguntas:
Mudanças de Cenário
Caçador de Dragões
1) Está nos planos dos Trios Tormenta algum material, crônica ou evento que mudará o “status quo” em Arton? Sempre me pareceu que a desistência de Khalmyr e a liderança de Tauron no Panteão é algo transitório, talvez parte de algo maior. 2) Tormenta Tormenta é um dos cenários mais ricos que conhecemos. O que acham de Chef uma série no YouTube, como Monster Chef , mas explorando explorando e detalhando Arton? Arton? Assisti Assisti um vídeo sobre a pronúncia de nomes próprios, próprios, seria muito legal legal ver vocês vocês falando sobre personalidades (dragões (dragões reis, arqui magos...), magos...), heróis (até os menos menos populares, populares, como o Goblin Herói ou Taskan Sky lander), Sky lander), reinos, raças e culturas. culturas. Quem sabe com a participação de leitores convidados? convidados? 3) Teremos mais romances de Leonel Caldela para o cenário? Sim ou claro? 4) Além de Aharadack, que outros deu ses menores estariam mais cotados a um posto no Panteão? A escolha é feita sim plesmente com base em poder e número de seguidores, ou a divindade precisa ser admitida pelo Panteão? 5) Um deus menor ou maior tem sua força medida pelo número de seguidores,
Draco paladino tá na área! dragões, tremei!
Quer ver sua mensagem aqui? Escreva para
[email protected] com o assunto “Pergaminhos dos Leitores” ou “Lendas Lendárias”! ou pela força e relevância de seu domínio? mico. Não há regras exatas sobre como Ainda é válida a regra de que um deus pre- ou quando acontece. Pode ter relação com cisa ter um mínimo de mil devotos? Não o poder da divindade. Pode depender da me parece que o Deus d as Máscaras, a aceitação dos demais. Ou não, como diria Deusa dos Avós ou a Espada-Deus tenham Nimb. mil pessoas ou mais orando por por eles. 5) Mas que pergunta! Por acaso sabe Flávio Valladão Ferreira, quantas máscaras, avós e espadas exisRio de Janeiro – RJ tem em Arton?! Aham, dizem existir outras condições para alcançar a divindade menor 1) Ainda é cedo para dizer se você está em Arton, mas que por enquanto permacorreto em sua intuição, Flávio. Mas pode estar certo, planos para grandes mudanças necem um mistério. Digamos apenas que, para um personagem j ogador, ogador, precisa mil em Arton já estão em andamento. devotos sim! 2) Sua ideia para o canal da Jambô é excelente e será levada em consideração! 3) Podemos garantir, apenas, que o Prezados, eis minhas dúvidas: mundo de Arton deve receber mais romances no futuro próximo, como A Joia da 1) O talento Na Mosca (manual básico Alma. TRPG ) funciona em conjunto com O Cami 4) A ascensão de um deus maior ao nho do Atirador, da classe variante Arqueiro Panteão é sempre um evento único, cós- ( Manual do Malandro )?
Golpe Duplo
bora trazer de volta os tempos da Dragonslayer! dragão não tinha vez!
comigo por aqui, só vai ter d ragão no nome da revista!
2) Ao usar o golpe marcial Golpe Duplo ( Manual do Combate ) com duas armas diferentes, com diferentes multi plicadores de crítico e chance de crítico, como seria calculado o crítico do ataque? Ficam os melhores bônus? Exemplo: um persona gem atacando com Golpe Duplo utilizando um florete e uma picareta, teria crítico com 18-20/x4 no ataque? 3) Voltando ao Golpe Duplo, quando utilizo habilidades que alteram o acerto e o dano, devo considerar que as alterações afetam ambas as armas ao mesmo tempo? Exemplo: Um personagem atacando com Golpe Duplo, utilizando o talento Ataque Poderoso Aprimorado, receberia um redutor de –8 no acerto (–4 por cada arma) e um bônus de +16 no dano (+8 por cada arma), além de +4 no acerto (por Golpe Duplo), totalizando um redutor de –4 no acerto e um bônus de +16 de dano?
Ismael Alcântara da Silva 1) Infelizmente, não. O Caminho do Atirador inclui muitas habilidades, e o contraponto é que elas não acumulam com talentos.
2) Use as estatísticas da arma da mão primária. Porém, sua ideia de crítico 18-20/ x4 seria muito útil contra dragões... 3) Não, o golpe duplo conta como um ataque apenas! Mas bônus de +16 no dano também seria muito útil contra dragões! Já mencionei que detesto dragões?
com a CA (aparar duplo, bloqueio duplo) das habilidades do espadachim? 2) A habilidade espadachim diz também que não “comba” com talentos. Mas e Ao Sabor do Destino? O personagem ainda receberia +1 de dano e CA? 3) Se o duelista escolhe ser multiclasse, perde todas as habilidades de espadachim? Ou apenas a lâmina dupla de nível 1? Primeiramente queria dar parabéns à Que o Grande Oceano abençoe vocês! Jambôo por fazer esse trabalho incrível. E traga mais vinho ou rum, senhor taverSou assinante conselheiro e queria dizer neiro! Aquele que for mais barato e mais que estou tentando (haha) acompanhar a delicioso! Guilda. Vocês são foda! Davi (Rasus), Moreau, Bem, sou muito fã de swashbucklers, capitão do Presa Negra capa e espada, luta galante e etc. Vocês Saudações, duelista Davi. Que seu ca não tem noção da felicidade de jogar com minho seja livre de dragões, esses bichos uma classe assim! =) detestáveis! Agora vamos ao duelista, esta Então vamos, amigos, puxem suas classe swashbuckler variante do Manual cadeiras, peguem seus vinhos e vamos do Malandro: conversar! 1) A dura verdade e cruel é que, re1) A habilidade espadachim diz que almente, as habilidades de espadachim ela não “comba” com nenhuma outra não se acumulam com mais nada, exceto habilidade de classe. Quer dizer que a habilidades básicas, bônus base de ataque autoconfiança do espadachim não soma e itens mágicos.
Duelista
então você é a besta-fera que aterroriza estas páginas! prepara-te para levar bifa!
2017 e eu ainda caio nessa!
2) Negativo. Espadachim não acumula com nenhum talento. Nenhum mesmo. 3) Nesse caso o duelista perderia apenas a lâmina dupla, conservando as demais habilidades de espadachim.
LENDAS LENDÁRIAS LENDAS LENDÁRIAS Domínio da Morte Fala gurizada, é bom ver vocês de volta — muito embora minha própria volta ao RPG seja ainda mais recente que a volta da DB, mas enfim! Indo direto ao ponto, queria sanar uma dúvida: o talento Domínio da Morte diz que o personagem deve rolar 1d6 por nível e, se isso igualar ou exceder os PV do alvo, a vítima morre. Mas, para esse “1d6 por nível”, considera-se somente os níveis de clérigo (ou druida, ou outra classe de servo dos deu ses) ou níveis de personagem? Abraço e até a próxima.
Maury S.L. Abreu Também é bom estar de volta, Maury! A menos que faça algo para trair sua devoção, um personagem ainda é considerado devoto de sua divindade mesmo quando adquire níveis em outra classe que não clérigo, druida ou paladino. O mesmo vale para o talento Devoto; ele permite pertencer a qualquer classe e ter talentos de Poder Concedido — então não faria sentido o Domínio da Morte usar apenas níveis de classes divinas. Portanto, para o propósito de rolar 1d6 por nível de Domínio da Morte, considere seu nível total. E não esqueça que esse ataque funciona muito bem em dragões! Ah, bichos escamosos e nojentos! Talvez eu devesse começar uma campanha para mudar o nome agourento desta revista!
Mudo e Mentiroso Estávamos jogando AD&D. Cenário: Dragonlance. Tínhamos um plano para invadir o acampamento do vilão Verminaard. Meu personagem, um kender, se passaria por um prisioneiro — enquanto um clérigo e uma monja, após nocautear e roubar as vestes de dois guardas, se passariam por estes. Como não havia guardas mulheres, foi repetido mil vezes para a monja que ficasse com elmo e calada. — E você, não fala nada? — suspeitou um oficial. — Ele é mudo, senhor — disse o clérigo. — É que estou rouca — disse a mon ja, ao mesmo tempo. — Que palhaçada é essa?! — o oficial, enlouquecido. — Senhor! — o clérigo tentava con sertar. — Ele mentiu pra mim! O kender apenas aplicou um tapa na testa: “danou...”
Francisco Santos
Pé Preto, o Samurai
Monstros. Eles implantariam um novo pé. Infelizmente, o único substituto disponível pertencia a uma elfa negra. A partir de então, o samurai sempre manteria o pé escondido, tentando manter o que sobrou de sua honra. Isto é, até outro membro do grupo pagar v ários bardos para espalhar pelo Reinado “As Crônicas do Lendário Samu rai do Pé Preto”.
Elrohiir, Abençoado de Hyninn (e quem pagou os bardos) • • • • • • • • • •
Clássica missão de infiltração na fortal eza atr avés do s canais de es goto. Em meio à imundíc ie descrit a em ab solutos e nojentos detalh es, fazíamos o possível para não nos sujar. Até que o aggelus, sempre impecável, atraente e vaidoso, inventou de voar para poder atacar um inimigo. Rolou um belo 1 e caiu de cara e boca aberta no esgoto. Dizem que , até hoje, sua s asas co nservam um tom bege...
Amanda Mattos Della Lucia • • • • • • • • • •
Crônica de Vampiro: Idade das Trevas. Em uma aventura de baixo nível, o Jogador: “Quero ter Etiqueta 6.” orgulhoso samurai acabou perdendo o pé Narrador: “E qual vai ser seu nome?” durante o combate final. Sem recursos Jogador: “Costumes. Bons Costuou cura mágica, o grupo fez um acordo com os gnomos que haviam acabado de mes.” Odmir Fortes resgatar de um laboratório d os Médicos
RESENHAS
RESENHAS
STARFINDER
O futuro de Pathfnder inclui goblins do espaço! Viagens interestelares, raças alienígenas, planetas exóticos, androides conscientes, megacorporações gananciosas, monstros assustadores, goblins espaciais: os perigos e desafios de Starfinder são vastos como o próprio universo. Anunciado em 2017, o novo RPG da Paizo, editora que alcançou o estrelato com Path- finder , foi um sucesso absoluto de vendas logo no lançamento durante a GenCon, convenção de RPG mais tradicional do mundo. Os exemplares — segundo a própria editora, a maior quantidade já levada para o evento — esgotaram antes do final do primeiro dia. Claro, o peso do selo ajuda na primeira impressão, mas Starfinder tem muito mais a oferecer do que um simples “Path- finder Espacial”. Os fãs dificilmente aceitariam se fosse de outro modo. Apostando em um misto de ficção científica e ópera espacial, o sistema apresenta regras aprofundadas sobre naves espaciais, supercomputadores e implantes cibernéticos ao mesmo tempo que permite aos jogadores viverem aventuras épicas, explorando novos mundos munidos de armamentos e po-
RUMO AO FUTURO Starfinder se situa um milênio no futuro em relação à linha temporal “atual” de Pathfinder , num local denominado Golarion System, sistema solar que apresenta atualmente dez planetas, um cinturão de asteroides e duas estações espaciais de proporção colossal. Ironicamente, o nome do sistema se
que se passavam as aventuras de Pathfinder . Se passavam, porque ele não está mais lá! Cerca de trezentos anos atrás, o mundo de Golarion desapareceu completamente, levando consigo a memória de praticamente todos os seres pensantes do multiverso em que estava inserido, até mesmo os registros físicos. Criaturas vivas na época simplesmente não se lembram de nada que aconteceu antes do evento cósmico, apesar de reterem memórias sobre si mesmos e seus entes queridos. Esse fenômeno, conhecido como The Gap (“A Lacuna”, em uma tradução livre), colapsou a maioria das sociedades, servindo como um verdadeiro recomeço para o universo. Mesmo criaturas poderosas e deuses antigos não se lembram sobre o mundo passado, ou apenas se recusam a dividir essa informação. O planeta Golarion deixou para trás uma estação espacial gigantesca chamada Absalom, que abriga uma pedra mágica em seu núcleo chamada Starstone. Essa pedra emite um forte sinal para o universo, agindo como um farol para as raças capazes de viajar pelo Drift (uma tecnologia similar à velocidade de dobra, clássico da ficção científica) e serve como ponto central do sistema e
AO INFINITO E ALÉM
QUE BOTÃO É ESSE?
Desde os místicos Lashunta até os Apesar de ser divertido conseguir Vesks imperialistas, a pluralidade de ra- respostas para tantas perguntas sobre a ças e culturas é um dos pontos altos do vida, o universo e tudo mais, o excesso cenário, que também traz todas as raças de regras é uma das maiores e mais clássicas de Golarion. Os planetas têm corpulentas barreiras que o jogador vai ecologias e ambientes distintos e muito encontrar em Starfinder . criativos: cidades-bolha que circulam o O jogo apresenta regras complexas Sol, um planeta-máquina habitado so- para pilotagem e manutenção de naves mente por robôs conscientes, um mundo espaciais, com diferentes especialidamorto que abraçou a necromancia para des para cada personagem (piloto, sobreviver, um planeta sem rotação mecânico, artilharia, etc.), regras para que se divide entre deserto escaldante movimentação no vácuo, tipos diferentes e geleiras eternas, e até um planetoide de armaduras e danos de armas, e um que os cientistas juram se tratar de uma manual extremamente detalhado sobre espécie de ovo gigante que um dia eclo- computadores e como hackeá-los. Sem dirá em uma criatura magnífica. falar em várias regras de gravidade, Naves espaciais, implantes ciberné- passagem do tempo e ecologia de cada ticas, inteligências artificiais e armas de um dos planetas baseados na sua distânraio laser dividem espaço com poderes cia em relação ao Sol. Claro que esse psíquicos, magias arcanas e paladinos nível de detalhe enriquece o cenário e o do sol, tornando Starfinder um cenário sistema, mas na prática usar cada uma amigável para todo tipo de aventura das regras situacionais pode deixar a futurista, com regras aprofundadas o suficiente para criar campanhas totalmente voltadas No futuro ainda existirão à ficção científica, mas com masmorras e dragões muito espaço para a narrativa (ou algo assim) fantástica das óperas espaciais oitentistas. Diversas corporações de comércio, cultos religiosos, facções criminosas, governos planetários e ligas heroicas costuram muito bem a trama central do cenário, facilitando bastante a vida do mestre ao oferecer diversos recortes para aventuras. Criar um personagem em Starfinder é muito divertido, graças ao sistema de Temas disponível para cada uma das classes, possibilitando que os personagens fujam de estereótipos rasos como “guerreiro de espada e escudo” logo no pri-
sessão um tanto truncada. A parte boa é que as regras não são mandatórias: você pode criar uma aventura inteira sem um único combate entre naves ou sem precisar trocar de planeta.
COMPILANDO DADOS Analisando apenas o guia básico, Starfinder mantém a qualidade gráfica digna da Paizo: capa dura, artes fantásticas e mais de 500 páginas coloridas em papel especial. A editora já anunciou Alien Archive , uma espécie de guia de raças e monstros do cenário, o que nos leva a crer que o sistema receberá um tratamento muito similar ao seu irmão mais velho, com diversas expansões e manuais. O que nos espera no fim do universo?
FELIPE DELLA CORTE